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sábado, 22 de janeiro de 2011

A Dieta do Mediterrâneo Tem Despertado Grande Interesse Científico


A Dieta do Mediterrâneo é um padrão alimentar que tem origem nas populações da região do Mar Mediterrâneo. A descrição deste padrão alimentar, assim como a criação do termo "Dieta do Mediterrâneo", foram do Doutor Ancel Keys na década de 50. As observações do Dr. Keys iniciaram no ano de 1945, quando ele desembarcou em Salerno, na Itália, com o exército americano. Ele constatou que os povos que viviam nas regiões mediterrâneas, embora consumissem uma alta quantidade de gordura, similar em calorias à dieta dos países ocidentais, apresentavam uma incidência muito baixa de doenças cardiovasculares.

Gordura x Caloria: Paradoxo?

Considerando o ponto de vista nutricional ocidental convencional, esta associação entre alto consumo de gordura e baixos índices de doença cardíaca, constituíam um paradoxo.

Uma análise mais minuciosa demonstrou que a dieta mediterrânea era composta basicamente de alimentos de origem vegetal em grande quantidade - hortaliças, frutas, legumes, cereais, pães e sementes - laticínios, principalmente iogurte e queijo, eram ingeridos regularmente. Peixe e frango eram comidos de forma esporádica, carne vermelha somente em ocasiões especiais. Vinho tinto era bebido regularmente, acompanhando as refeições. As principais fontes de gordura, ingeridas em alta quantidade calórica (35 a 40% do total das calorias diárias), era as nozes e o azeite de oliva.

Começava a desfazer-se o paradoxo. A gordura ingerida, apesar da alta quantidade, era a do tipo mono e poli-insaturada, de origem vegetal, ao contrário da gordura saturada de origem animal, típica das dietas ocidentais. Ou seja, a quantidade calórica de gordura ingerida é semelhante nos dois padrões alimentares, porém, o tipo de gordura é diferente. A partir daí começou-se a estudar, com mais profundidade, o efeito dos diferentes tipos de gordura sobre o organismo. Os termos gordura saturada e gordura insaturada saíram do círculo da química e se expandiram até chegarem a nossos lares.
Suplementos

Um aspecto impressionante, que surge a partir dos estudos sobre a Dieta do Mediterrâneo, é que os chamados suplementos não substituem os alimentos. Comprimidos, cápsulas, pílulas ou o que seja, de vitaminas, anti-oxidantes, flavonóides, fibras, fito-hormônios e outros tantos compostos, não têm nenhum efeito. Também sob este ponto de vista a natureza é magistral. Ao ingerirmos estas substâncias através das frutas, cereais, legumes, hortaliças, óleos, da maneira menos modificada possível em relação a como estão na natureza, elas atuam em conjunto protegendo as células. A exata proporção em que elas interagem e a complexidade destas interações está, provavelmente, ainda muito longe de ser imitada pela mão do homem.
Atividade Física

Deve ser salientado que as populações mediterrâneas, originalmente, mantinham naturalmente inseridas no seu dia-a-dia atividades físicas, o que comprovadamente, por si só, contribui para a proteção contra doenças, melhoria da saúde e bem estar assim como aumento da expectativa de vida. Dieta do Mediterrâneo pode ser considerado um estilo de vida. Um conjunto de fatores que, orquestrados pela natureza, se complementam. Nenhum deles, isoladamente, alcança os efeitos do todo.

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